domingo, 4 de outubro de 2009

Istambul

Em Istambul chegamos tarde e fomos direto dormir depois de longas horas de viagem. O Ritz Carlton é ótimo e depois de uma deliciosa noite de sono em uma cama maravilhosa, descemos para o café da manhã, também maravilhoso e foi aí que tivemos idéia da beleza da cidade. O Hotel fica no alto, com vista para o Bósforo e de lá podemos ver várias das construções históricas. Várias mesquitas, o Palácio Topikapi, o estádio de futebol do time do lado europeu e o outro lado, a Turquia asiática.
Tinhamos pouquíssimo tempo na cidade e saimos logo para o passeio.
Nosso guia era um Turco com cara de Recifense, Uma fofura! Ele fala português super bem e já foi ao Brasil muitas vezes levando grupos de turcos. Ele só conhece o sul do país e por isso não pode descobrir que ele passaria por Pernambucano tranquilamente. Ele me deu várias dicas de bandas Turcas para conhecer um pouco da música. Pop, Hip-Hop, Rock e percussão tradicional. Todos trocamos e-mails e ficamos amigos no Facebook. Olhando suas fotos descobri que além de guia ele também é ator! Ufa! Não sou a única atriz que trabalha com turismo.
Fomos ao centro, Sulthanamet, onde fica a famosa Mesquita Azul. A Blue Mosque ou Mesquita Sulthanamet, que é seu nome verdadeiro estava lotada de turistas. Para entrar lá não pode estar de sapato, então tiramos os nossos e colocamos meias para pisar nos tapetes da mesquita que são trocados 1 vez por ano e aspirados 7 vezes por dia, todos os dias. A mesquita fecha 3 vezes ao dia para visitação, já que os muçulmanos vão até lá rezar nos horários pré-estabelecidos. Fora isso todos podem visitá-la. Istambul tem mais mesquitas do que qualquer um pode imaginar. 2.500! A Bahia perdeu feio com suas 365 igrejas católicas.
Visitamos e Santa Sofia e o que mais me impressionou foi a mistura de influências. Cristã e muçulmana juntas, mosaicos com figuras da Virgem Maria, Jesus, e os imperadores, escultura dos doze apóstolos. Tudo isso bem perto de enormes medalhões de madeira com o nome de Alá, Maomé e outras importantes figuras para eles, além do “altar” indicando a Meca.
É incrível saber que o lugar que estou é uma cidade que passou por tantas mudanças, toda a história, os povos que dominaram a região e a influência de suas religiões e crenças.
Vistamos uma cisterna construída pelos Romanos e de lá fomos para o lugar onde eu cometeria a primeira gafe da viagem. Um resturante na região histórica, Sulthanamet. Passamos por algumas casas bem feias e pobres, caindo aos pedaços e chegamos e um lindo jardim, com mesas cheias de turistas alemães, ingleses, espanhóis e agora brasileiros. Sentei em uma mesa bem comprida com a Turca que estava nos recepcionando na minha frente. Comemos super bem, um homus delicioso como entrada e um frango temperado como prato principal. Depois disso começaram os problemas. A sobremesa era uma coisa que até agora não sei o nome e nem do que era feito, mas tinha gosto de perfume e textura de borracha. Argh! Dei a primeira colherada e deixei tudo lá, dizendo que era muito diferente para mim e dando um sorriso sem graça. Em seguida chega o garçom em nossa mesa e pergunta se aceito chá ou café. Eu respondo que quero um café, muito certa do que estou fazendo. Então todos me dizem que há o típico café turco sem coar, com o pó. Eu viro para o garçom e digo: “I want a coffee, an Italian coffee”. E então ele me faz passar vergonha da seguinte forma: “We don't serve Italian coffee, we only have Turkish coffee, this is a Turkish restaurant.”.Ui! Não foi traumático, mas confesso ter ficado bem sem graça.
A passagem por Istambul foi rápida, muito divertida e só me deu vontade de voltar, mas da próxima vez de férias e acompanhada do marido.

Um comentário:

Schaal disse...

devia ter provado o cafe turco.